Embora o termo “perda de réu primário” possa parecer inofensivo, suas consequências são graves para quem o experimenta. No Brasil, a primariedade do réu é um benefício importante, garantindo vantagens no cumprimento de penas. No entanto, mesmo crimes leves ou de menor potencial ofensivo podem gerar a perda desse benefício, deixando uma marca duradoura nos antecedentes criminais da pessoa.
Segundo o advogado criminalista Rafael Paiva, a perda de réu primário pode ocorrer com crimes aparentemente inocentes, como pequenos erros ou atitudes impensadas no dia a dia, que resultam em penalidades. Crimes como lesão corporal leve, ato obsceno, e até situações como fazer uma transferência incorreta via Pix podem acarretar a perda dessa condição. Esses delitos têm uma pena máxima de até dois anos, mas são suficientes para modificar o status penal de uma pessoa.
Caio Ferraris, especialista em Direito Penal, reforça que “todos os crimes, independentemente da pena cominada, são passíveis de influenciar na primariedade do réu”. A reincidência nesses tipos de crimes agrava ainda mais a situação jurídica, tornando o julgamento mais rigoroso e as consequências mais severas.
Portanto, é crucial estar ciente de que até atos considerados triviais podem afetar profundamente a vida legal de uma pessoa. Manter a primariedade penal não é apenas uma questão de evitar crimes graves, mas também de prevenir comportamentos que, embora pareçam sem importância, podem ter consequências duradouras.
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