Por que a perícia no translado de corpos é crucial
Quando um brasileiro falece no exterior, a dor da perda vem acompanhada de desafios logísticos e legais. A perícia no translado internacional garante que o corpo regresse ao país de origem com respeito, rapidez e segurança sanitária. Esse processo, complexo e técnico, envolve autoridades consulares, empresas funerárias especializadas e profissionais de saúde capacitados.
Tanatopraxia: a etapa sanitária obrigatória
A tanatopraxia ocupa lugar central nesse roteiro. Mais do que preservar a aparência, a técnica elimina riscos biológicos e cumpre normas sanitárias internacionais. A equipe higieniza o corpo, aplica conservantes químicos e o acondiciona em caixão metálico lacrado dentro de urna de madeira. Sem essa etapa, companhias aéreas e autoridades aeroportuárias recusam o embarque.
Documentação precisa evita atrasos
Além da preparação técnica, o traslado requer uma pilha de documentos: certidão de óbito emitida no país onde ocorreu o falecimento, declaração de tanatopraxia, laudo sanitário autorizando o transporte, laissez‑passer consular e formulários alfandegários. Qualquer erro pode travar o processo por semanas, ampliando a angústia da família.
Coordenação diplomática e apoio especializado
O Brasil é signatário da Convenção de Genebra, o que agiliza alguns trâmites consulares. Mesmo assim, cada país possui exigências próprias. Por isso, contar com peritos, despachantes e funerárias internacionais torna‑se indispensável. Esses profissionais falam a língua das autoridades locais, conhecem rotas de voo seguras e oferecem assistência psicológica aos parentes.
Respeito cultural e dignidade até o último momento
Globalização, turismo e migração ampliam a necessidade desses serviços. A perícia lida não só com normas legais, mas também com costumes religiosos e culturais, assegurando despedidas adequadas. Dessa forma, o corpo chega ao destino final preservado, e a família pode realizar cerimônias de acordo com sua tradição.
Em síntese, a perícia atua como guardiã da dignidade humana após a morte. Sem ela, o translado internacional de corpos seria inviável, arriscado e doloroso.