A Primeira Turma do STF retomou nesta terça-feira (9) o julgamento da Ação Penal 2668, que investiga o envolvimento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. A análise ocorre a pouco mais de um ano das eleições presidenciais de 2026 e pode alterar significativamente o cenário político nacional.
Bolsonaro responde por cinco crimes graves
O ex-presidente, atualmente em prisão domiciliar, é acusado de cinco crimes: organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e ameaça grave, além de deterioração de patrimônio tombado. Caso seja condenado, Bolsonaro pode enfrentar até 40 anos de prisão. No entanto, a pena só será aplicada após o trânsito em julgado, o que pode levar tempo.
Especialistas analisam efeitos jurídicos e eleitorais
Por outro lado, juristas ouvidos pela imprensa apontam que o julgamento pode gerar efeitos indiretos sobre a elegibilidade de Bolsonaro. Embora a condenação penal não implique automaticamente em inelegibilidade, ela pode ser usada como base para ações eleitorais futuras. Além disso, o desgaste político e jurídico pode influenciar alianças e estratégias partidárias.
Enquanto isso, aliados do ex-presidente tentam aprovar no Congresso projetos que concedem anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023. Contudo, especialistas acreditam que a constitucionalidade dessas propostas será questionada no próprio STF, o que pode ampliar ainda mais a tensão institucional.
Dessa forma, o julgamento Bolsonaro eleições se consolida como um dos principais fatores de instabilidade jurídica e política no país, com repercussões que vão além do processo penal.
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