Exposto a partir de primeira quinzena de abril, o esquema de desvios de recursos públicos da Saúde culminou com o afastamento de Wilson Witzel do cargo de governador por 180 dias. A proximidade do ex-juiz com a área que é alvo de investigação, no entanto, remonta a 2018, durante a arrecadação de recursos para sua campanha. Um levantamento feito pela GLOBO junto aos 43 doadores registrados apontam nessa direção. Dois R$ 785 mil a eles computados, R$ 105 mil saíram de sete médicos de Volta Redonda, incluindo cinco funcionários do Hospital Jardim Amália (Hinja), que pertence a Gothardo Lopes Netto, ex-prefeito da cidade, preso no fim de agosto. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), o Hinja depositou R$ 280 mil nas contas do escritório de advocacia da primeira-dama, Helena Witzel, entre agosto de 2019 e maio de 2020. Esse, no entanto, não é o único elo. Um montante de R$ 105 mil partiu de dois doadores ligados à Unir, organização social (OS) que teria como sócio oculto o empresário Mario Peixoto, preso sob a acusação de ser um dos vértices do esquema de corrupção na administração estadual.
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