A cidade de Mogi das Cruzes registrou apenas uma adoção de adolescentes entre 12 e 15 anos em um ano e meio, segundo reportagem publicada pelo G1. O dado revela um cenário preocupante e reacende o debate sobre os entraves legais e sociais que dificultam o acolhimento de jovens fora da faixa etária prioritária.
Adoção de adolescentes e resistência social
Especialistas apontam que o baixo número de adoções nessa faixa etária está diretamente ligado à preferência por crianças pequenas. Além disso, há uma percepção equivocada de que adolescentes apresentam mais dificuldades de adaptação, o que contribui para a resistência por parte de famílias habilitadas.
Por outro lado, o Estatuto da Criança e do Adolescente garante igualdade de direitos no processo de adoção, independentemente da idade. Portanto, o desafio está em promover campanhas de conscientização e oferecer suporte psicológico às famílias e aos jovens envolvidos.
Desafios legais e burocráticos no processo de adoção
A adoção de adolescentes também enfrenta barreiras jurídicas. O processo exige avaliação técnica, parecer do Ministério Público e decisão judicial, o que pode levar meses. Enquanto isso, muitos adolescentes permanecem em abrigos, mesmo estando aptos para adoção.
Além disso, a legislação brasileira prevê que adolescentes devem ser ouvidos e concordar com a adoção, o que exige preparo emocional e acompanhamento especializado. Dessa forma, o papel do Judiciário e das equipes multidisciplinares é essencial para garantir que o processo ocorra com segurança e respeito à vontade do jovem.
A reportagem do G1 reforça a necessidade de políticas públicas voltadas à inclusão de adolescentes no sistema de adoção. Portanto, o debate jurídico sobre o tema deve considerar não apenas os aspectos legais, mas também os impactos sociais e emocionais envolvidos.
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