O Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), criado em 2021, foi uma medida do Governo Federal para ajudar empresas do setor de eventos que sofreram com os impactos da pandemia de Covid-19. Através deste programa, empresas podem renegociar dívidas, receber indenizações e obter isenções fiscais significativas. Entre as empresas beneficiadas estão as de artistas conhecidos, como Virginia Fonseca, Gusttavo Lima e Leonardo, que tiveram isenções de impostos milionárias.
Entre janeiro e agosto de 2024, essas empresas receberam mais de R$ 30 milhões em isenções. As empresas de Gusttavo Lima e Leonardo, envolvidas com produções musicais e administração de shows, somaram valores significativos. Virginia Fonseca, por meio de sua empresa “Virginia Influencer LTDA”, obteve mais de R$ 4,5 milhões em isenção. Embora o Perse tenha como objetivo apoiar o setor de eventos, influenciadores e grandes empresas também estão aptos a se beneficiar, desde que cumpram os critérios estabelecidos, como estar registrado com CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) compatível com as atividades do programa.
No entanto, o uso do Perse por grandes influenciadores e empresas gerou polêmica, com especialistas apontando que isso poderia distorcer os objetivos do programa e gerar desigualdades no setor. Críticos afirmam que o benefício deveria ser priorizado para empresas mais afetadas pela pandemia, com uma fiscalização mais rigorosa para garantir que as empresas realmente atendam aos critérios estabelecidos.
Embora o governo tenha reformulado o programa, limitando o número de setores beneficiados, o Perse continua sendo uma medida importante para a recuperação de empresas afetadas pela pandemia, especialmente no setor de eventos, que desempenha papel crucial na geração de empregos no Brasil.
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