A Azul Linhas Aéreas alcançou um importante marco nesta semana ao firmar um acordo para a repactuação de 92% de suas dívidas. O valor, que gira em torno de R$ 3 bilhões, será convertido em até 100 milhões de ações preferenciais da companhia, ajudando a aliviar a pressão financeira. A medida foi tomada com o intuito de evitar um processo de recuperação judicial ou até mesmo o pedido de proteção sob o “Chapter 11” nos Estados Unidos.
Fernando Canutto, especialista em Direito Empresarial, explica que, embora não tenha sido formalmente caracterizada como recuperação extrajudicial, o acordo tem características similares. A recuperação extrajudicial, conforme a Lei nº 11.101/05, ocorre quando a empresa renegocia suas dívidas diretamente com os credores, sem a necessidade de processos formais no Judiciário. A Azul conseguiu reduzir substancialmente suas obrigações financeiras ao negociar diretamente com os arrendadores e fabricantes de equipamentos.
Com esse acordo, a Azul evitou as complicações de um processo judicial tradicional. O especialista destaca que a conversão das dívidas em ações permitirá à empresa reestruturar sua saúde financeira, garantindo maior flexibilidade para o futuro. A negociação direta, que envolveu credores responsáveis pela maior parte das dívidas, é um caminho mais rápido e menos custoso em comparação à recuperação judicial.
Esse tipo de reestruturação demonstra a importância de negociações estratégicas e acordos bem alinhados com os credores, permitindo à Azul se concentrar na retomada de suas operações.
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