Com pandemia, guerra e falta de políticas públicas a inflação assola o País | Junho 2022

Para especialista, agregar valor às commodities, reduzir tributos e crias políticas para equilibrar a economia é o caminho para maior estabilidade

O mundo enfrenta uma forte crise na economia. A inflação acumulada em 12 meses, até março desse ano no Brasil, foi de 11,3%, só perdendo para a Turquia, com 61,1% e Argentina, 55,1%.

Como em outros países, pandemia e guerra na Ucrânia também foram os vilões por aqui. Além disso, crise energética e a moeda mais frágil completaram o enredo de descontrole inflacionário.

João Grande, advogado especializado em Direito Empresarial e Societário, entende que um dos caminhos para sermos menos suscetíveis ao humor dos mercados internacionais “seria o Brasil deixar de ser exportador apenas de commodities e agregar valor aos produtos. Um exemplo é o café. Hoje, meio quilo de café custa cerca de R$ 20 reais, já o café em cápsula custa cerca de R$ 570 reais o quilo. Essa diferença é porque exportarmos apenas a commodity e não agregamos valor ao produto”, diz Grande.

Para o advogado, não é apenas o alto preço dos combustíveis, reflexo da guerra, que pressiona a inflação. Ele divide essa responsabilidade com os governos estaduais. “A responsabilidade dos governadores é um pouco em função desse período que a gente viveu de pandemia. De alguma maneira, não deviam ter interferido tanto na economia com um longo período de lockdown.  Outro ponto é a resistência em diminuir a tributação do ICMS, que foi aprovado na Câmara e foi para o Senado. Há um movimento grande para tentar barrar o projeto e, ainda aqui em São Paulo, tivemos o aumento de ICMS e da base de cálculo do IPVA. Enfim tudo isso eu acho que é de responsabilidade dos governadores”

Grande também identifica a necessidade da promoção, a partir de Brasília, de políticas que deem maior segurança e estabilidade econômica. “Congresso e Governo Federal precisam alinhar-se e desenvolverem políticas públicas que possam melhorar a estrutura da economia tornando-a mais sólida e gerando mais crescimento. Não sou a favor da intervenção do Estado, seja mediante subsídio ou controle de preços. Quanto menos o estado intervir na economia melhor. Uma baixa de preços artificial nesse momento até pode resolver de imediato, mas, a médio e longo prazo, pode trazer mais efeitos negativos. O ideal é criar condições para que o crescimento econômico aconteça de forma orgânica, equilibrada, solida e natural”, diz Grande.

Fonte: João Grande é advogado especializado em Direito Empresarial e em Contratos Empresariais pela FGV. Master of Laws – LLM em Direito Societário pelo Insper. Atua em direito contratual, societário, operações estruturadas, fusões e aquisições.

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João Grande

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