Leilão de imóvel: sinais de alerta e como evitar
O leilão de imóvel é uma consequência real da inadimplência, mas nem sempre inevitável. Entender os sinais de alerta e agir com rapidez pode salvar seu patrimônio.
Quando um imóvel vai a leilão?
A inadimplência é o primeiro passo. Se a dívida não for regularizada, o credor pode iniciar o processo de execução. Isso pode ocorrer por meio de:
- Leilão judicial: conduzido por um juiz, com direito à defesa e avaliação formal do bem.
- Leilão extrajudicial: mais comum em financiamentos com alienação fiduciária, é mais rápido e não exige processo judicial.
Segundo o advogado Kevin de Sousa, especialista em Direito Imobiliário, o leilão extrajudicial é mais suscetível a erros. “Muitos devedores sequer são notificados corretamente, o que pode anular o leilão”, alerta.
Fui notificado. Perdi o imóvel?
Não necessariamente. A notificação é um aviso, não uma sentença. O devedor ainda pode quitar a dívida — processo chamado de purgar a mora — e impedir o leilão. Mas o tempo é curto. “A demora reduz as chances de defesa. Mesmo em situações críticas, ainda há alternativas judiciais”, explica Kevin.
Comunicação falha pode anular o leilão
A notificação precisa ser válida. Publicar um edital não basta. É necessário comprovar que o devedor teve ciência da cobrança. “Se isso não ocorrer, o leilão pode ser cancelado judicialmente”, afirma o especialista.
Cuidados para quem quer comprar em leilão
Investidores também devem ficar atentos. Um imóvel arrematado pode ser alvo de anulação se houver falhas no processo. A recomendação é realizar uma due diligence jurídica completa, analisando notificações, certidões e histórico do imóvel.
Conclusão
O leilão de imóvel não é automático nem irreversível. Com orientação jurídica adequada e ação rápida, é possível evitar a perda do bem ou até anular o processo. A chave está na informação e na defesa técnica.