A morte do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes, ocorrida em Praia Grande, litoral paulista, gerou forte comoção e mobilização institucional. O Fórum Brasileiro de Segurança Pública classificou o crime como um “atentado brutal e premeditado”, realizado por pessoas com treinamento e expertise, com o objetivo de retaliar e amedrontar as forças de segurança.

O presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Adpesp), André Santos Pereira, afirmou que nenhuma linha de investigação pode ser descartada. A hipótese de envolvimento do PCC segue em análise, mas ainda depende da verificação de diversas informações que chegaram às autoridades.

Segundo o Ministério Público de São Paulo (MP-SP), a ordem de morte contra Ruy Ferraz foi emitida em 2019 como retaliação às transferências de lideranças da facção para o sistema federal. Desde então, o ex-delegado era considerado um dos alvos da organização criminosa.

O Movimento Mães de Maio lamentou a morte e pediu que a resposta venha por meio de ações de inteligência, sem operações de vingança. A Ouvidoria da Polícia também cobrou punição ágil e cautelosa, reforçando a importância de preservar a integridade do processo e garantir justiça.

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) lamentou o ocorrido em nota oficial, destacando o profundo pesar pela perda de um agente público vítima de atentado.

Imagens obtidas pelo portal UOL mostram o momento em que Ruy Ferraz tenta fugir dos criminosos em uma Hilux SW4 preta. Após colidir com um ônibus, ele foi alvejado com mais de 20 disparos de fuzil, atingido nos braços, pernas e abdômen. O carro usado pelos criminosos foi localizado, mas até o momento ninguém foi preso.

A gravidade do caso exige uma resposta institucional firme, técnica e transparente, que respeite o devido processo legal e garanta a responsabilização dos envolvidos.

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