As novas regras tributárias anunciadas pelo governo federal podem provocar uma retração significativa nos aportes aos planos de previdência privada do tipo VGBL. Segundo estimativas da Fenaprevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida), a mudança pode causar uma queda depósitos VGBL de R$ 50 bilhões por ano. Em uma década, a perda acumulada pode alcançar impressionantes R$ 500 bilhões.
O dado foi divulgado em uma coletiva de imprensa pelo presidente da entidade, Edson Franco, que expressou preocupação com os impactos da nova política fiscal sobre o planejamento previdenciário da população brasileira. A crítica central recai sobre a forma como o governo federal tem tratado os contribuintes de renda média e alta, apontados como “super-ricos”, mesmo sendo a base principal dos investimentos em previdência privada no país.
Setor previdenciário sob pressão
A previdência privada, especialmente os planos VGBL, tem sido uma das alternativas mais utilizadas por trabalhadores que desejam complementar a aposentadoria pública. No entanto, com a nova tributação proposta, o cenário se torna menos atrativo para aportes de longo prazo.
Ranieri Genari, advogado especialista em Direito Tributário, aponta que a mudança ignora um dos princípios fundamentais do sistema previdenciário: o incentivo à poupança individual. “Em uma cruzada arrecadatória e de confronto com a classe média, comete-se a sandice de desestimular instrumentos como o VGBL, que aliviam o peso sobre o sistema público”, afirmou. Ele destaca ainda que a medida pode comprometer o futuro financeiro de quem trabalha hoje, gerando insegurança e desproteção na velhice.
Preocupações para o futuro
A possível queda depósitos VGBL levanta uma série de preocupações para o setor econômico, especialmente em um momento em que o envelhecimento da população exige soluções sustentáveis para a previdência. Se confirmadas as projeções da Fenaprevi, os prejuízos não serão apenas financeiros, mas também sociais, afetando diretamente o planejamento de milhões de brasileiros.
Para investidores, gestores e planejadores financeiros, o momento é de atenção redobrada. O cenário fiscal está em transformação, e as decisões tomadas agora terão efeitos duradouros nas estratégias de acumulação de patrimônio e aposentadoria.
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