A recente migração do sistema de bilhetagem dos transportes municipais do Rio de Janeiro para o cartão Jaé trouxe impactos diretos aos usuários do antigo Riocard. Desde então, o processo de reembolso do saldo disponível no cartão anterior passou a exigir presença física em lojas da operadora, gerando filas e reclamações.
A mudança, inicialmente divulgada como possível de ser feita online, foi corrigida pela empresa. Agora, o reembolso cartão Riocard só pode ser solicitado presencialmente, o que tem gerado aglomerações em pontos como a loja da Central do Brasil. Na última terça-feira, cerca de 300 pessoas aguardavam atendimento, com espera de até três horas.
Burocracia e falta de orientação
Além da demora, os usuários enfrentam exigências documentais que dificultam o processo. Para cartões avulsos, é necessário que estejam vinculados ao CPF do titular. Já beneficiários de vale-transporte precisam apresentar uma declaração da empresa empregadora autorizando a transação. No entanto, não há clareza sobre o formato exigido, o que tem gerado frustrações.
A diarista Angélica Maria Tavares, por exemplo, relatou dificuldades em obter o reembolso de R$ 1,2 mil. Após apresentar uma declaração da patroa, foi informada de que o formato estava incorreto e precisaria ser refeito.
Direito do consumidor em pauta
O caso levanta questões importantes sobre o direito do consumidor e a transparência nas mudanças de serviços públicos. A falta de orientação clara e a exigência de presença física para um procedimento que poderia ser digitalizado colocam em xeque a acessibilidade e o respeito ao tempo dos usuários.
Portanto, é essencial que os consumidores estejam atentos às exigências e busquem seus direitos em caso de negativa ou dificuldade excessiva no processo de reembolso cartão Riocard.
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