Inspirado pelo conceito de “vigiar e punir” de Michel Foucault, este artigo explora a necessidade de regulação no setor de apostas on-line. O crescimento exponencial das bets, impulsionado pela tecnologia, trouxe consigo não só uma nova economia digital, mas também uma responsabilidade crescente de fiscalização e integridade. Com o aumento de usuários e bilhões em receita anual, o Brasil vê um aumento na demanda por monitoramento e regulamentação rigorosa para evitar fraudes e manipulação de resultados, também conhecida como match fixing.

Garantir a integridade do jogo é um desafio complexo que vai além das medidas de segurança adotadas pelas empresas do setor. Embora os operadores de apostas on-line tenham a responsabilidade de proteger os dados e prevenir irregularidades, é o poder público que deve atuar com vigilância e punição, zelando pela lisura das operações. O Estado tem a função de implementar políticas eficazes de regulação e de trabalhar em cooperação com as empresas para evitar práticas abusivas e promover a transparência.

A questão central é assegurar que a vigilância do setor sirva apenas ao propósito de manter a integridade do jogo, sem invadir a privacidade dos usuários ou ser direcionada para outros interesses. Uma regulação bem-feita beneficia o setor como um todo, protegendo os consumidores e reforçando a confiança nas apostas on-line.

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