Ao contrário do Brasil, as eleições presidenciais dos Estados Unidos não contam com um segundo turno para garantir a maioria de votos ao vencedor. Nos EUA, o processo eleitoral é indireto e ocorre através do Colégio Eleitoral. Isso, onde delegados de cada estado escolhem o presidente em função do voto popular em seus estados. Esse sistema visa equilibrar o poder entre os estados, permitindo que mesmo os estados menos populosos tenham influência na eleição.
O Colégio Eleitoral foi criado em 1787 para resolver um debate entre os “Pais Fundadores” sobre quem deveria eleger o presidente: o povo ou o Congresso. A ideia era permitir representatividade regional e proteger os interesses dos estados menores. Assim, cada estado tem um número específico de delegados, proporcional à sua população, totalizando 538 votos. Para vencer, um candidato precisa de, no mínimo, 270 votos dos delegados. Débora Prado, professora do Instituto de Estudos de Relações Internacionais da UFU, explica que “o Colégio Eleitoral assegura que estados com menor população tenham voz nas eleições presidenciais”.
Porém, no Brasil, o segundo turno garante representatividade direta ao presidente eleito, obrigando uma escolha majoritária. Alexandre Rollo, professor de Direito Eleitoral, aponta que o segundo turno “assegura que o candidato tenha a maioria absoluta dos votos válidos, o que reforça sua legitimidade popular”. A diferença nos sistemas reflete as estruturas históricas e políticas de cada país, garantindo que ambos alcancem representatividade dentro de seus contextos.
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