A campanha de Black Friday do Burger King, que envolveu o envio de R$ 0,01 via Pix para divulgar uma oferta, gerou debates intensos sobre inovação em marketing e privacidade de dados. A estratégia dividiu opiniões nas redes sociais, levantando questões sobre a conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
O impacto da campanha
Enquanto alguns consumidores elogiaram a criatividade, outros criticaram o uso de suas chaves Pix para fins de propaganda, questionando a legalidade e ética da ação. Marcos Bedendo, especialista em branding, classificou a campanha como invasiva, destacando a necessidade de maior cuidado com dados pessoais.
Especialistas em proteção de dados
De acordo com o advogado Alexander Coelho, para campanhas desse tipo serem legítimas, as empresas precisam:
- Finalidade clara: As chaves Pix foram fornecidas para transações financeiras, não para marketing.
- Consentimento explícito: É essencial que os clientes concordem previamente com essa utilização.
- Transparência: Os consumidores devem ser informados de como seus dados serão usados.
A ausência de consentimento ou desvio de finalidade pode configurar uma violação à LGPD.
Resposta do Burger King
A diretora de marketing do Burger King, Giulia Queiroz, defendeu a campanha como inovadora e direcionada aos clientes mais engajados do Clube BK. Ela garantiu que os dados foram utilizados com consentimento explícito, em conformidade com a LGPD.
Conclusão
A campanha do Burger King exemplifica os desafios de equilibrar criatividade com respeito à privacidade dos consumidores. Embora tenha gerado engajamento, a ação também evidencia a importância de alinhamento com boas práticas de proteção de dados para evitar conflitos legais e preservar a confiança do público.
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