Desafio do desodorante pode ser considerado homicídio qualificado?

Desafio do desodorante: pode ser homicídio qualificado?

O desafio do desodorante voltou ao centro do debate jurídico após a morte de duas crianças em 2025. Ambas inalaram aerossol, prática sugerida em vídeos nas redes sociais. O caso mais recente ocorreu no Distrito Federal, com uma menina de oito anos.

Em março, outra criança, de 11 anos, morreu em Pernambuco. Segundo a secretária de Direitos Digitais do Ministério da Justiça, Lilian Melo, 56 crianças perderam a vida em 2024 por desafios semelhantes.

Especialistas defendem punição rigorosa. Para eles, quem propaga ou divulga esse tipo de conteúdo pode responder criminalmente. “É possível configurar homicídio qualificado, pela crueldade e pelo meio utilizado”, afirma o advogado criminalista Ricardo Vaz.

Além disso, há pressão para responsabilizar as plataformas digitais. Quando não vetam rapidamente esses conteúdos, podem ser acusadas de omissão. A ausência de punição, segundo juristas, incentiva a repetição dessas tragédias.

A psicóloga infantil Cláudia Furtado alerta: “Esses desafios atraem crianças curiosas e em busca de aceitação. Falta mediação e fiscalização.”

O Ministério da Justiça discute novas regras para responsabilizar tanto criadores quanto redes sociais. A proposta inclui multas e remoção imediata de conteúdos perigosos.

Enquanto isso, pais e escolas devem atuar na prevenção. O diálogo sobre o uso consciente da internet é essencial para evitar novos casos.

 

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