O artigo 142 da Constituição Federal tem sido um ponto de discussão em um contexto recente que envolve os ex-presidentes Jair Bolsonaro e o tenente-coronel Mauro Cid. Durante uma delação prestada ao Supremo Tribunal Federal (STF), Cid revelou que Bolsonaro teria buscado, por meio de um decreto, regulamentar esse artigo para justificar uma ação golpista. A proposta de decreto, de acordo com o depoimento, foi repassada a altos comandantes militares, mas Cid negou ter participado diretamente na elaboração do plano.
O artigo 142 da Constituição trata do papel das Forças Armadas na defesa da ordem constitucional, mas nunca foi interpretado como um respaldo para um golpe de Estado. Em uma decisão recente do STF, ficou claro que o artigo não confere às Forças Armadas o poder moderador entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Apesar disso, fontes indicam que, em 2022, diversas minutas de decretos foram elaboradas, buscando uma forma de acionar esse dispositivo para justificar uma intervenção militar.
Essa interpretação controversa do artigo 142 se torna ainda mais relevante no atual cenário político, onde os rumos da democracia e da legalidade são frequentemente questionados. A investigação da Polícia Federal e os desdobramentos legais do caso ainda estão em andamento, e o debate sobre o uso de dispositivos constitucionais para fins ilegais continua a gerar preocupação.
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