A exposição de crianças em vídeos que mostram sofrimento ou momentos íntimos reacendeu o debate sobre os limites da internet e a responsabilidade dos pais. Um vídeo que viralizou nesta Páscoa mostra uma menina chorando ao descobrir que o coelho da Páscoa não existe. O pai grava a reação e diz que não comprará ovos devido ao alto custo.
A mãe tenta consolar a criança e pede que o pai pare, principalmente quando ele ameaça revelar também a verdade sobre o Papai Noel.
A exposição não é brincadeira
Embora muitos vejam como uma simples piada, especialistas alertam: gravar e divulgar reações de crianças sem o consentimento delas pode configurar violação de direitos, especialmente quando o conteúdo envolve sofrimento emocional. A legislação brasileira, por meio do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), garante o direito à dignidade, à imagem e ao respeito da criança.
Consequências legais para os responsáveis
A exposição de crianças de forma constrangedora pode gerar responsabilização dos pais ou responsáveis. O Ministério Público pode ser acionado para apurar casos assim, principalmente se houver indícios de violação à integridade emocional da criança.
Além disso, o vídeo pode ser removido por violar políticas de uso das plataformas digitais.
A infância precisa ser protegida
É dever da família, da sociedade e do Estado proteger a infância. Publicar conteúdos com o objetivo de viralizar, à custa da fragilidade emocional da criança, ultrapassa os limites do bom senso e do respeito.
Antes de compartilhar, é preciso refletir: isso protege ou expõe?
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