Na última quarta-feira (27), o Tribunal de Contas do Município (TCM) de São Paulo revelou imagens chocantes de ossadas expostas e restos de materiais funerários abandonados em cemitérios privatizados da cidade. Durante as fiscalizações feitas no início de novembro, o TCM encontrou crânios e ossos humanos expostos, além de lixo de velórios descartados de forma irregular. Esse episódio levantou questões sobre as condições de concessão de serviços funerários e provocou uma reunião de esclarecimento entre a SP Regula, órgão responsável pela fiscalização da concessão, e o TCM na quinta-feira (28).

A SP Regula afirmou que já estava monitorando algumas irregularidades e que parte das questões identificadas estava sendo apurada. A empresa também destacou que emitiu 149 autos de infração desde o início da concessão em 2023, mas, para o TCM, isso não é suficiente. O órgão exige que a SP Regula tome medidas mais enérgicas, solicitando inclusive a instauração de um inquérito policial por possível vilipêndio de cadáver, dada a gravidade das irregularidades encontradas.

Em resposta, o prefeito Ricardo Nunes minimizou a situação, mas o caso gerou indignação e reacendeu o debate sobre a privatização dos cemitérios em São Paulo. O TCM enfatizou a necessidade de responsabilizar os envolvidos, não apenas nas esferas administrativa e financeira, mas também penalmente, caso as condições encontradas se configurem como crime.

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