A comercialização de milhas tornou-se uma prática crescente no Brasil, mas sua expansão gerou sérias consequências para as companhias aéreas e passageiros legítimos. Originalmente, os programas de milhagem foram criados para premiar passageiros frequentes e fortalecer a lealdade com as empresas. No entanto, o cenário atual é muito diferente. A judicialização crescente do comércio de milhas começou a ameaçar esse mercado, causando incertezas no setor aéreo.
O impacto da comercialização no mercado de milhas
O aumento da venda ilegal de milhas provocou uma série de problemas, incluindo a distorção da oferta de assentos e o aumento dos preços das passagens. Esse comércio paralelo cria uma demanda artificialmente inflacionada, o que torna mais difícil para os passageiros que realmente acumulam milhas usá-las da forma que foi originalmente proposta.
De acordo com a Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização (ABEMF), no terceiro trimestre de 2024, o Brasil registrou 320,2 milhões de cadastros em programas de fidelidade. Isso reflete um crescimento significativo, mas também evidencia o impacto do comércio de milhas. Como resultado, as passagens se tornam mais caras para os consumidores legítimos.
Os riscos da judicialização para o setor aéreo
A judicialização da comercialização de milhas traz incertezas adicionais ao setor aéreo. A ameaça de ações legais pode forçar as empresas a reverem seus programas de fidelidade, além de aumentarem os custos operacionais para garantir a conformidade com a legislação. A escalada desse processo pode significar um “pouso forçado” para as práticas que hoje dominam o mercado de milhas.
O futuro dos programas de fidelidade no Brasil
O crescente número de fraudes e a judicialização dos programas de milhagem exigem que as empresas aéreas repensem seus modelos de fidelidade. É essencial que as políticas sejam adaptadas para combater os abusos no comércio de milhas, ao mesmo tempo em que protejam os interesses dos passageiros legítimos e mantenham a confiança dos consumidores.
O setor enfrenta desafios imensos, mas com a regulamentação adequada, é possível restaurar a confiança e garantir que os programas de fidelidade voltem a beneficiar os passageiros que realmente merecem.
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