O Ministério Público (MP) e o Tribunal de Contas da União (TCU) solicitaram o bloqueio de R$ 56 milhões de 37 indiciados pela Polícia Federal. Entre eles estão o ex-presidente Jair Bolsonaro e ex-ministros como Braga Netto e Augusto Heleno. A medida visa garantir o ressarcimento de danos causados durante os atos golpistas de 8 de janeiro, que resultaram na depredação das sedes dos Três Poderes em Brasília.
Além disso, o MP pede a suspensão dos salários de 25 militares indiciados, totalizando R$ 9 milhões anuais, e propõe o congelamento de outras fontes públicas de renda, como o Fundo Partidário. A ação ressalta a gravidade das acusações, que incluem tentativa de golpe, organização criminosa e planos de assassinato de líderes políticos.
Posições divergentes sobre o bloqueio
Especialistas divergem sobre a medida. Para o criminalista Leonardo Pantaleão, o bloqueio é necessário para preservar o interesse público e a moralidade administrativa. Já Thiago Turbay considera a medida injustificada, argumentando que o combate ao autoritarismo não deve ser feito com atos autoritários.
Investigação em andamento
A Polícia Federal revelou evidências que conectam Bolsonaro e os outros indiciados ao plano golpista, incluindo conversas interceptadas e depoimentos de militares. Apesar disso, Bolsonaro ironizou as investigações, classificando-as como “piada”. Enquanto isso, novos depoimentos estão sendo coletados, reforçando as suspeitas de articulação criminosa.
Próximos passos
O TCU deve analisar o pedido de bloqueio na próxima semana, enquanto as investigações continuam. O caso evidencia os desafios em combater ações que ameaçam a democracia no Brasil.
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