Para especialista em aviação, interesse internacional em aeronaves brasileiras confirma prestígio da indústria local
Com a aviação mundial fortemente afetada pela pandemia, durante certo tempo houve muitas dúvidas sobre como esse evento mundial poderia comprometer o setor. Segundo dados da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, da sigla em inglês), o prejuízo global das companhias com a diminuição drástica de deslocamentos atingirá US$ 157 bilhões no biênio 2020/2021.
Para o Brasil, o início de 2021 trouxe uma notícia positiva, apesar do cenário global: as ações da Embraer tiveram alta depois que o CEO do grupo Lufthansa anunciou interesse na companhia brasileira para atualizar sua frota.
Na opinião do advogado especialista em Direito Aeronáutico e Arbitragem, João Roberto Leitão de Albuquerque Melo, sócio do escritório Albuquerque Melo Advogados, com menos pessoas voando em comparação ao que havia antes da pandemia, é natural que as empresas aéreas procurem por aeronaves menores. “Trata-se de um ajuste de oferta-demanda. A Embraer, com modelos de aeronaves menores, certamente poderá se beneficiar neste novo cenário e isso será muito importante para o seu crescimento. Representa, na verdade, o reconhecimento de uma das companhias aéreas mais tradicionais do mundo à nova família de jatos da Embraer, cuja presença na Europa é bastante importante e tradicional com clientes na Espanha, Noruega, Suíça, Portugal, Holanda, França, Itália, Reino Unido, Alemanha e Rússia”, detalha ele.
O interesse de companhias internacionais não é um fato isolado, de acordo com Albuquerque Melo, e mostra que a Embraer tem prestígio internacional, tendo se consolidado como o terceiro maior fabricante mundial de aeronaves comerciais pela qualidade e suporte pós-venda. “Esse pode ser um cenário de muitas oportunidades. A Embraer está inserida em um contexto global bastante competitivo. Muito embora suas aeronaves sejam de altíssima complexidade e tecnologia, no mercado de aviação pré-pandemia a Embraer estava em desvantagem, já que o tamanho de suas aeronaves não era capaz de atender a demanda existente naquele momento. Mas o cenário mudou fortemente e, diante de uma demanda menor, as aeronaves da Embraer podem ser a solução para que muitas empresas aéreas continuem a operar seus trechos”, explica.
Com o crescimento da Embraer, certamente todo o mercado de aviação nacional ganha, na avaliação de Albuquerque Melo. “Como parte da cadeia produtiva do Brasil, seu crescimento gera impactos ao seu redor. Quando o mercado consome produtos de alta complexidade e tecnologia, movimenta-se toda uma cadeia de serviços e de produção industrial, não apenas no Brasil, mas no exterior também, com circulação de valores, aumento de arrecadação, entre outros”, conclui.
Perfil da Fonte
João Roberto Leitão de Albuquerque Melo é sócio-fundador do escritório Albuquerque Melo, advogado graduado pela Universidade Santa Úrsula do Rio de Janeiro e pós-graduado em Direito Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro. Possui larga experiência em arbitragem, contencioso estratégico, contencioso de escala, direito civil, direito societário e demais matérias do direito empresarial, com participação em relevantes processos de recuperação judicial no Brasil.
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João Roberto Leitão de Albuquerque Melo