Por Jonas Aguilar
A Fórmula 1 é a categoria mais prestigiada do automobilismo mundial e caracterizada por corridas de alta velocidade. Seus carros são incrivelmente aerodinâmicos e potentes, atingindo velocidades superiores a 300 km/h e a competição é intensa, envolvendo equipes e pilotos.
Em suma, a Fórmula 1 é um esporte que combina tecnologia avançada, estratégia de equipe e habilidades de condução excepcionais, tornando-se um dos espetáculos esportivos mais assistidos em todo o mundo.
Assim, uma equipe precisa de um bom piloto para vencer corridas, e o piloto, de um time que saiba usar toda a tecnologia disponível para lhe dar vantagem, dentro das regras da competição. Mas, para atingir o objetivo, é essencial a interação do piloto com os mecânicos e técnicos para corrigir, aprimorar e direcionar o que está sendo aplicado no carro.
E na comunicação, essa situação se repete. Um bom time de assessoria de imprensa e marketing precisa entregar ao seu “piloto” o melhor disponível em tecnologia. Mas só a troca e interação podem levar às vitórias.
A tecnologia não apenas tornou a interação mais conveniente, mas também abriu novas possibilidades para o compartilhamento de ideias, culturas e conhecimento, transformando o mundo em uma aldeia global interconectada. E no marketing, ela não apenas otimiza estratégias, mas também cria oportunidades para construir relacionamentos mais sólidos com os públicos de interesse.
Como a Fórmula 1, que demorou anos para permitir e regulamentar o uso das modernas tecnologias pelas equipes, a Ordem dos Advogado do Brasil (OAB), levou mais de 20 anos para fazer o mesmo com a publicidade e a informação na advocacia. E em julho de 2021, com o Provimento 205/2021, a OAB disse o que é permitido e o que não é permitido no marketing jurídico.
Atualmente, os carros de F1 são repletos de tecnologias que oferecem aos mecânicos, com milhares de dados e informações em tempo real sobre o funcionamento do carro, e ainda facilitam a pilotagem. Mas as respostas sobre a efetividade e a aplicação das soluções ainda são do piloto.
Ayrton Senna é um dos ícones da história da Fórmula 1, conhecido por seu estilo agressivo e sua busca incessante pela perfeição na pista, e as comparações com os atuais pilotos são inevitáveis. Os fãs mais apaixonados de Senna dizem que, se ele pilotasse os modernos carros atuais, seria imbatível.
Se aplicarmos essa teoria dos fãs de Ayrton na comunicação jurídica, podemos concluir que, agora, com a regulamentação do marketing digital na advocacia, é só o escritório contratar a melhor agência, com as melhores tecnologias que o sucesso da comunicação está garantido. É só “sentar no cockpit” e pilotar, o resto, a equipe resolve sozinha. Será?
A resposta é um sonoro NÃO! O envolvimento ativo do advogado é fundamental para o sucesso de qualquer plano de comunicação.
Os advogados têm conhecimento especializado e entendimento das nuances legais que são essenciais para moldar as mensagens e estratégias de comunicação.
Assim como um piloto de alta performance, eles desempenham um papel crítico ao fornecer insights sobre questões jurídicas, garantindo a precisão e conformidade das comunicações. A colaboração eficaz entre advogados e profissionais de comunicação, além de uma estratégia poderosa, assegura que a comunicação seja juridicamente sólida, atinja seus objetivos e proteja a reputação da firma.
Ao compartilhar seu conhecimento especializado e visão única, os advogados podem ajudar a agência a criar mensagens jurídicas claras e eficazes, construir uma marca forte. Juntos, podem atingir resultados impressionantes, educando o público sobre questões legais e fortalecendo a reputação da prática jurídica.
A comunicação aberta, confiança mútua e alinhamento de objetivos podem levar a resultados notáveis. Por isso, superar os obstáculos na cooperação entre o cliente e a agência de comunicação é essencial para o sucesso de qualquer parceria.
Desafios comuns, como expectativas mal alinhadas, falta de comunicação eficaz e mudanças nas metas, podem surgir. Para superá-los, é fundamental estabelecer comunicação aberta e constante, definir metas claras desde o início, e manter a flexibilidade para ajustar a estratégia conforme necessário.
A confiança mútua e o compromisso com objetivos compartilhados são a base para superar obstáculos e alcançar resultados bem-sucedidos na colaboração entre cliente e agência de comunicação.
À medida que o cenário jurídico evolui, as agências desempenham um papel vital na tradução de mensagens legais complexas em conteúdo acessível e relevante para o público.
Elas ajudam os escritórios a adotarem estratégias de marketing jurídico eficazes, estabelecer uma presença online forte e se adaptar às expectativas em constante mudança do público.
Além disso, as agências garantem que as práticas de comunicação estejam em conformidade com regulamentações éticas e legais, promovendo a confiança na profissão jurídica.
No futuro, a parceria entre escritórios de advocacia e agências de comunicação desempenhará um papel crucial na promoção da acessibilidade e transparência na justiça, contribuindo para um sistema legal mais inclusivo e eficaz.
Talvez, realmente o Ayrton Senna pudesse ser imbatível nos dias de hoje. Mas não porque teria toda a tecnologia no seu carro. Talvez isso acontecesse pela inteligência da comunicação aberta, confiança mútua e alinhamento de objetivos, que podem levar a resultados notáveis.
Jonas Aguilar é jornalista e Assessor de Imprensa da M2 Comunicação Jurídica.
A M2 Comunicação Jurídica é uma agência de comunicação integrada, voltada para advogados e escritórios de advocacia.
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